7 de agosto de 2007 - 09:03

Conselho corintiano decide hoje o fim da “era Dualib”

 
Após 14 anos no trono do Corinthians, o presidente Alberto Dualib deve começar a perder sua coroa de vez nesta terça-feira. O processo de impeachment do mandatário começa esta noite, em reunião do Conselho Deliberativo que votará pelo seu afastamento.

Opositores não aceitam apenas o pedido de licença. Aliás, acusam Dualib de estar tentando uma manobra para voltar ao poder após 60 dias. Garantem que não irá conseguir. E, no encontro, será formado o grupo de cinco pessoas que analisará as contas da gestão 2006 e após análise, formatará um relatório conclusivo de que "o impeachment é inevitável", como afirma Sergio Alvarenga, advogado e possivelmente um dos integrantes da comissão.

O vice-presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Husni, já está designado como o chefe da comissão. Alvarenga e Felipe Ezabella, também advogado, devem ser os indicados pela chapa Renovação & Transparência, encabeçada por Andres Sanches e responsável pelo início da jornada para destituir Dualib do poder. O procurador Ademir Benedito tem grande chance de também ser indicado. O quinto nome indicado viria de comum acordo.

"Será a abertura do processo de impeachment de Dualib. E, se Deus quiser, vamos conseguir tirá-lo, juntamente com Nesi Curi do nosso clube", afirmou Alvarenga. "Analisaremos rapidamente as contas e, em nova reunião do conselho, aprovaremos a saída do presidente e aí, sim, levaremos à Assembléia Geral, na qual os sócios avalizarão nossas decisões", garantiu o opositor.

Ou seja. A saída de vez de Dualib ainda necessitará de duas reuniões e da votação da Assembléia Geral, que se dará 30 dias após a decisão do conselho. "Depois, segundo nosso estatuto, o vice-presidente (Clodomil Orsi) terá de convocar novas eleições para alguém assumir o clube até janeiro de 2009, até quando vai o mandato de Dualib", explicou Alvarenga.

Nesse período, quem mandará será Clodomil Orsi. Ele assumiu o cargo nesta segunda, mas desde a semana passada vem garantindo uma administração independente, livre de ordens de Dualib. Deve manter o gerente de Futebol Ílton José da Costa e o vice-presidente de Futebol, Rubens Gomes, no poder. No início, prefere não fazer mudanças profundas.

"Ele tem total liberdade para fazer o que quiser. Desde que assumi, meu cargo está à disposição", afirmou Rubão. "O presidente precisa de homens de sua total confiança e tem liberdade para escolhê-los."

 

 

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