3 de agosto de 2007 - 15:57

Puccinelli critica atuação da Funai junto à aldeias de Dourados

O governador André Puccinelli (PMDB) fez duras críticas, hoje de manhã, à política de distribuição de alimentos implementada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) junto às aldeias indígenas de Dourados, no sul do Estado.

"A Funai não está cuidando tão bem das aldeias como deveria. Vamos pedir ao governo federal para que volte ao sistema antigo de distribuição", disse Puccinelli, referindo-se à sistemática antiga de transporte dos alimentos às aldeias, administrada pelo governo do Estado e pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

"Desde fevereiro nos dispusemos a ajudar. Quando a entrega for de responsabilidade do governo de MS e da Funasa, garanto que não haverá mais atrasos", falou o governador, logo após um breve encontro, no final da manhã, com líderes das aldeias indígenas de Jaguapiru e Bororó, que têm registrado um dos maiores índices da história de desnutrição infantil, por conta da demora  da entrega das cestas de alimentos enviadas pelo governo federal à região.

Puccinelli, que esteve em Dourados para prestigiar a filiação ao PMDB do deputado federal Geraldo Resende (ex-PPS), falou que vai fiscalizar pessoalmente, de agora em diante, a distribuição das cestas básicas nas aldeias de Dourados. Ele entregou cópia de documento a lideranças indígenas em que solicita ao governo federal a responsabilidade de administrar a entrega de alimentos aos índios, juntamente com a Funasa.

O governador lembrou que desde fevereiro, quando o Estado fez parceria com a Funasa para agilizar a entrega das cestas, os problemas de falta de alimentos nas aldeias foram minimizados.

Entre 2005 e 2006, principalmente, a Funai foi acusada de gerir mal a entrega dos alimentos nas aldeias, o que contribuiu com um número de mortes de crianças índigenas sem prescedentes na região.

Por conta dos óbitos, a Assembléia Legislativa chegou a abrir uma CPI para investigar os procedimentos de entrega de alimentos pela Funai nas reservas. Em função das investigações não terem surtido o efeito necessário, a Câmara Federal abriu procedimento semelhante há poucos meses, de onde deve tirar um diagnóstico mais preciso sobre os motivos de tantas mortes de crianças nas reservas de Dourados.

 

 

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