1 de agosto de 2007 - 08:52

Com Edmundo fora até do banco, Palmeiras recebe o Sport

A relação de atletas convocados para o duelo contra o Sport, nesta quarta-feira, às 20h30, no Parque Antarctica, deixou de fora o principal ídolo atual do Palmeiras. Edmundo não ficará sequer entre os reservas amanhã. No ataque, o técnico Caio Júnior optou por Luís e Luiz Henrique. Rodrigão estará no banco.

"Futebol é momento. O Edmundo vai se preparar para o fim de semana [o time encara o Fluminense, fora]", disse o treinador.

Ele negou qualquer problema de relacionamento com o jogador. "Existe uma preocupação excessiva em relação ao Edmundo', afirmou o técnico. "O que vocês querem não aconteceu", completou, depois, perguntado sobre um possível atrito com o atacante.

Ilsinho

O Palmeiras entrou na Justiça do Trabalho contra o São Paulo e o lateral-direito Ilsinho e pode brecar a transferência do jogador ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em negociação que gira em torno de 11 milhões de euros (R$ 28,63 milhões).

O clube alega que a transferência do jogador com o São Paulo (realizada na metade do ano passado) foi irregular porque não foram obedecidas determinações da Lei Pelé.

Segundo Giberto Cipullo, vice de futebol do Palmeiras, que foi hoje à Academia de Futebol especialmente para falar sobre o assunto, o clube não foi avisado pelo jogador da proposta são-paulina.

De acordo com o artigo 29 da Lei Pelé, "a entidade de prática desportiva formadora de atleta terá o direito de assinar com este o primeiro contrato profissional, cujo prazo não poderá ser superior a dois anos".

Cipullo disse que o clube não teve esse direito na época. Ou seja, não foi lhe dado o direito de cobrir a oferta do rival terminado o primeiro contrato de Ilsinho no Parque Antarctica.

"Ele não trouxe a proposta", disse Cipullo. "Talvez pudéssemos cobri-la", disse o dirigente.

O Palmeiras tem direito a 5% sobre qualquer transação futura de Ilsinho com qualquer outra equipe justamente por ser o seu clube formador.

O dirigente informou que o clube já enviou um comunicado à Fifa, à CBF e ao próprio São
Paulo. Cipullo, que é advogado, declarou não haver prazo definido para o término do processo na Justiça.

"A Justiça poderá conceder liminar a nosso favor e o negócio [com o futebol ucraniano] ser barrado. Se isso não acontecer, esperamos uma indenização ao final do processo", completou o vice palmeirense.

O dirigente negou que a ação movida pelo Palmeiras tenha sido lançada propositalmente no mesmo período da transação de Ilsinho com o Shakhtar.

"É um assunto que já vinha sendo tratado no clube. Coincidiu com a transação", disse ele.
O São Paulo mostrou-se tranqüilo sobre o caso. "O Ilsinho só falou conosco depois que o contrato dele com o Palmeiras se encerrou. Não sei o que eles pretendem. Acho que não entendem a lei", disse o superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha.

"Acabou o contrato, acabou o vínculo. O Mineiro, por exemplo, terminou o contrato e foi para a Alemanha. Não tem o que fazer", completou ele.

 

 

Folha Online