20 de setembro de 2004 - 07:00

Greve dos bancários continua em todo o País

Continua nesta segunda-feira a greve dos bancários em todo o País. Em assembléias realizadas na noite de sexta-feira os trabalhadores que já estavam parados decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. Em Brasília, os bancários decidiram ontem também manter a greve iniciada na última quarta-feira (15) e traçaram a estratégia do movimento para o início desta semana.

Hoje, os grevistas de Brasília vão reforçar os piquetes nas entradas dos edifícios sedes 1, 2 e 3 do Banco do Brasil e nas principais agências dos bancos Bradesco e Itaú. Amanhã (21), os bancários pretendem promover uma grande passeata pelos principais pontos da cidade.

Na última sexta-feira, cerca de 200 mil bancários, quase metade da categoria, cruzaram os braços em todo o País, segundo a Confederação Nacional dos Bancários (CNB). Dezoito capitais aderiram à mobilização, iniciada na última terça-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis. O movimento também cresceu no interior do País, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. No final do dia, CNB/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo enviaram ofício à Fenaban reforçando a rejeição da proposta e solicitando a reabertura das negociações.

Os bancários reivindicam reposição da inflação mais aumento real de 17,68% e participação nos Lucros e Resultados de um salário mais R$ 1.200. Os banqueiros oferecem reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500, o que representa reajuste de até 12,77% e aumento real de 5,75%.

Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido é de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche. A proposta prevê Participação nos Lucros e Resultados de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217.

 

 

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