24 de julho de 2007 - 09:38

Cresce a exportação de frutas frescas brasileiras

A receita com as exportação de frutas frescas cresceu quase 14% no primeiro semestre de 2007, em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, o setor vendeu US$ 372,5 milhões. Foram embarcadas 372 mil toneladas, um aumento de mais 30% no volume de exportação de frutas.

Segundo o Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), as exportações vêm crescendo a uma taxa média de 19,9% desde 1998. De acordo com a instituição, o setor tem conseguido bom resultado este ano, apesar da desvalorização do dólar e do aumento dos custos de produção verificada nos últimos anos, principalmente por causa dos contínuos reajustes nos preços dos fretes.

"Mesmo com o câmbio desfavorável para algumas variedades de frutas, o setor conseguiu assegurar maior lucratividade ampliando as exportações para mercado europeus, que tem o Euro como moeda", afirmou Moacyr Saraiva Fernandes, presidente do Ibraf.

Segundo ele, os empresários do setor estão satisfeitos com o incrementos nas vendas, mas querem diversificar os mercados consumidores de frutas tropicais. Desde o último dia 16, o Ibraf, em parceria com a Agência de Promoção das Exportações (Apex), está realizando rodadas de negócios com representantes do Canadá, Itália, França e República Tcheca.

De olho nesses novos mercados, os produtores correm para se adequar às exigências internacionais. As entidades representativas e de promoção dos produtos brasileiros no exterior estão investindo no marketing, além de incentivar a capacitação dos trabalhadores.

"Estamos promovendo uma estratégia de divulgação junto a turistas estrangeiros que entram no país pelos aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Fortaleza. Todo turista – nas épocas de maior fluxo – ao chegar nestas cidades pode experimentar as frutas ou sucos produzidos no Brasil", disse.

A cadeia produtiva da fruticultura é um dos setores exportadores mais organizados. Com as ações em parceria com a Apex, conseguiu elevar o Brasil da categoria de importador à de exportador em menos de 10 anos. A balança comercial saiu de um saldo negativo de US$ 106 milhões, em 1998, para um saldo positivo de US$ 292 milhões no ano passado.

 

 

Gazeta Mercantil