23 de julho de 2007 - 05:26

Troca de bebê levará 14 mães a fazer exames de DNA em SP

Catorze mães que tiveram seus filhos dia 21 de outubro na Maternidade Santa Isabel, em Bauru, no interior de São Paulo, serão chamadas a fazer exame de DNA para confirmar a paternidade das crianças que estão criando. Tudo porque naquele dia também nasceu no mesmo hospital o filho do casal Vera Lúcia Dutra e Reginaldo Aparecido de Souza, que morreu logo após o parto e resultou em dúvida sobre as informações fornecidas à mãe e o procedimento de liberação do corpo.

Logo após o parto, uma enfermeira disse a Vera que ela havia tido um menino e ele se encontrava em observação médica. Horas depois Reginaldo foi informado da morte da criança e lhe foi liberado o corpo de uma menina, que sepultou enquanto a mulher ainda continuava internada. Assim que Vera saiu do hospital e recebeu a informação de que Reginaldo havia enterrado uma menina, o casal procurou a polícia de Reginópolis, cidade onde moram, distante 80 quilômetros de Bauru, mas não conseguiu sucesso na tentativa de apurar o ocorrido. Tempos depois, diante da falta de providências, veio a Bauru, onde o inquérito foi iniciado por requisição do Ministério Público.

Em março foram exumados os cadáveres de quatro bebês que nasceram no mesmo dia e morreram na maternidade. Mas, devido ao adiantado estado de decomposição, um deles não ofereceu informações conclusivas para o laudo. O médico Ivan Segura, da regional de Bauru do Instituto Médico Legal (IML) disse que o próximo passo da pesquisa para eliminar as dívidas do casal é apurar a paternidade dos nascidos naquele dia no mesmo hospital que continuam vivos.

Vera e Reginaldo querem saber se o filho realmente morreu e onde está enterrado, mas ainda têm esperança de encontrá-lo vivo. Relatam que tempos atrás receberam telefonemas ameaçadores vindo de telefones com "numero restrito", onde pessoas disseram ter a criança sido vendida e estar fora do país. Isso aumenta a angústia do casal.

 

 

Uol Notícias