20 de julho de 2007 - 13:00

ACM: "Malvadeza" para os inimigos e "Ternura" para os amigos

A personalidade e o histórico político de Antonio Carlos Magalhães lhe renderam apelidos que resumem seu comportamento no trato com os amigos e com os inimigos. "Toninho Ternura", "Toninho Malvadeza", "Imperador da Bahia" e "Dono do Mundo" são algumas das alcunhas pelas quais ACM era conhecido.

Mas nenhum dos apelidos ficou tão gravado na memória dos baianos como "Toninho Malvadeza" devido ao estilo nada afável. Desde o começo de sua carreira política, em 1954, ACM se utilizou da prática de bater nos adversários.

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Mas há quem garanta que ACM não é de todo ruim, e que os momentos de "maldade" foram estrategicamente conciliados com intervalos estratégicos de "ternura".

Em 4 setembro de 1997, quando completou 70 anos, ACM resumiu em uma frase o quanto era amado pelo povo baiano, e quem sabe até por adversários políticos. "Só não me ama quem ainda não me conhece", disse o aniversariante em entrevista à Folha, sobre a sua trajetória política.

Em uma entrevista ao apresentador Jô Soares, ACM foi questionado sobre quem o povo baiano gosta mais, do "Toninho Malvadeza" ou do "Toninho Ternura". "Dos dois. A mistura dos dois", respondeu o político.

O estilo rude de ser que rendeu a ACM o sinônimo de "malvadeza", era tão comum no cenário político que virou até motivo de piada. Uma delas foi reproduzida na coluna Painel, da Folha, em 28 de dezembro de 1997 (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).

 

 

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