18 de julho de 2007 - 07:30

Acidente da TAM em São Paulo está entre os 40 piores da aviação

O acidente com o Airbus da TAM, que caiu na noite desta terça-feira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ocupa a 36ª posição no rankning dos piores acidentes aéreos da aviação mundial, organizado pela Aviation Safety Network. O acidente matou todos os 180 passageiros a bordo. A lista considera apenas as vítimas a bordo das aeronaves, sem contar eventuais mortos no solo.

O mais grave desastre aéreo da história, ainda segundo a Aviation Security Network, aconteceu em 1977, quando duas aeronaves das companhias Pan Am e KLM chocaram-se na hora da decolagem no Aeroporto de Tenerife, na Espanha, matando 583 pessoas.

A tragédia com o Airbus A-320 da TAM empata com o maior acidente aéreo já ocorrido na América Latina, em 1977, no Suriname, quando um avião da Surinam Airways, vindo da Holanda, teve problemas de visibilidade na hora da aterrissagem por causa do mau tempo e atingiu árvores próximas à pista, levando à queda e à explosão da aeronave. O acidente também provocou a morte de todos os 176 passageiros e tripulantes a bordo.

O Airbus A-320 da TAM também transportava ao menos 176 pessoas. A TAM chegou a elevar esse número para 180, mas depois disse que estava reavaliando sua lista para divulgar o número oficial.

Se forem contadas as mortes ocorridas no solo em São Paulo, o número de fatalidades pode passar de 200. Se confimada, esta cifrá coloca o acidente desta terça-feira como o pior da história na América Latina.

Em uma outra lista da Aviation Safety Network que considera também os mortos no solo, o acidente da terça-feira em São Paulo ficaria pelo menos entre os 30 maiores da história.

Culpados

Para Chris Yates, especialista em segurança de aviação e tecnologia e editor da revista Jane´s Airpot Review, ainda é cedo para apontar culpados para o acidente com o Airbus da TAM.

Ele acredita, no entanto, que o mau tempo, combinado à velocidade do avião na hora do pouso, podem ter atrapalhado a tração da aeronave, que invadiu uma avenida movimentada ao lado da pista e chocou-se com um depósito da empresa, provocando uma explosão de grandes proporções.


"As causas normais para um desastre como este são normalmente problemas com o avião, falha humana ou erro do aeroporto ou de controladores aéreos. Neste caso, as investigações ainda terão de esclarecer a causa, mas me parece que o mau tempo, a velocidade do avião no pouso e o fato de a pista estar em obras podem ter contribuído para o acidente", disse Yates.

 

 

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