O dólar comercial fechou em baixa de 0,58%, cotado a R$ 1,862 para venda, nos últimos negócios desta sexta-feira --menor valor desde 11 de outubro de 2000, quando o dólar foi cotado a R$ 1,86. Na semana, a moeda acumulou perda de 2,15%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,97 (venda), baixa de 0,5%.

O Banco Central mudou sua rotina e entrou no mercado duas vezes. Por volta de 12h30 o BC comprou o dólar a R$ 1,8726 (taxa de corte). No fim do pregão, o Banco voltou a comprar moeda, dessa vez a R$ 1,866. As duas intervenções não foram o suficiente para interromper o movimento de queda.

A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou os 152 pontos às 16h23, em alta de 2,01%.

De acordo com analistas, a valorização do real frente ao dólar ocorre, principalmente, pela forte de entrada da moeda norte-americana no país, tanto pelo mercado de capitais quanto pelo fluxo comercial.

Segundo João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer, o BC deve ter comprado um volume muito grande de dólar para impedir uma baixa ainda maior. "A operação de Redecard na Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo], apenas pela manhã, atraia mais de US$ 1 bilhão. O BC tentou reduzir a liquidez do mercado", explica.

Ainda segundo ele, para a próxima semana a tendência para o dólar continua sendo de queda. "Mantido este cenário, a cotação deve chegar próxima a R$ 1,85 já na segunda-feira", avalia.

Juros futuros – O mercado futuro de juros encerrou o dia com tendência de queda. O contrato para janeiro de 2008 projetou juro de 11,08%, estável. No contrato de janeiro de 2009 a taxa projetada caiu de 10,60% para 10,57%. E no contrato de janeiro de 2010 a taxa negociada recuou de 10,62% para 10,57%.

Folha Online