17 de setembro de 2004 - 17:35

Zauith defende Orçamento impositivo para evitar fisiologismo

Brasília (DF),17 - O deputado federal Murilo Zauith (PFL/MS) defendeu hoje uma reforma polícia que impeça  que o governo construa uma maioria parlamentar na base da troca de favores, como está acontecendo hoje com o fisiologismo praticado pela administração de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem liberado recursos de emendas de bancada relativas ao Orçamento Geral da União para estados e municípios somente para parlamentares da base aliada do Palácio do Planalto. Ontem, numa atitude surpreendente, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), ao defender a necessidade de uma reforma política no país, declarou que só conseguem verbas para obras em seus municípios os deputados que se aliam ao governo.

Para Zauith uma forma de impedir que o Executivo libere recursos em troca de favores políticos é tornar o Orçamento Geral da União (OGU) impositivo, e não apenas autorizativo como ocorre hoje em dia. Com a mudança o governo passaria a respeitar expressamente as decisões do Congresso Nacional em matéria de Orçamento. Segundo ele, pelo modelo atual o governo passa a ter um imenso trunfo para buscar a adesão de um grande número de parlamentares.

O parlamentar pefelista aproveitou para voltar a criticar o governo federal por estar discriminando o Mato Grosso do Sul. Lembrou que 2003 foi o  ano pior em investimentos federais para o Mato Grosso do Sul na última década. Citou que, no ano passado, foi liberado pelo governo federal apenas 1,10% do total das de emendas de bancada relativas ao Orçamento Geral da União daquele ano, o que representa apenas R$ 1.184.531,00.
"Neste ano, nem as emendas de bancada nem as individuais foram executadas, portanto, nada foi liberado até agora", condenou o parlamentar. Para Zauith, o que houve foi o empenho de recursos das emendas individuais apenas para a base aliada do governo.

 

 

 

Fátima News