Em audiência na manhã de ontem com os integrantes da Frente Parlamentar da Saúde, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tratou da crise que o setor hospitalar enfrenta e dos planos do governo para  resolver o problema. Presente à audiência, o deputado Geraldo Resende, um dos líderes da Frente Parlamentar da Saúde, aproveitou a oportunidade para tratar da crise que enfrenta o Hospital Evangélico de Dourados.

Entre as questões mais urgentes discutidas pelo ministro com os deputados está a ampliação dos recursos orçamentários do SUS que, de acordo com informações do próprio ministro, devem passar de R$ 44 bilhões para R$ 47,7 bilhões, já em 2008.

No caso de Dourados, “a falta de recursos suplementares e a impossibilidade de continuar prestando atendimento de qualidade aos pacientes levou a diretoria do Hospital Evangélico a considerar a possibilidade de desligamento do SUS”, observou Geraldo, lembrando que essa decisão agravaria ainda mais o quadro da saúde pública em Dourados e região, na medida em que o HE atende não só os pacientes do município, mas de outras 38 cidades que compõem a região da Grande Dourados e mais os pacientes da faixa de fronteira e até do Paraguai.

Segundo a assessoria do deputado, o ministro Temporão concordou com as ponderações de Geraldo e assumiu o compromisso de intervir com ações concretas para tirar o Hospital Evangélico da crise. Uma das ações práticas já foi anunciada durante a reunião: o governo vai aumentar o teto financeiro para todos os Estados e vai ampliar o orçamento do SUS com base na variação nominal do PIB, que é de 8,62%. O reflexo desse cálculo vai resultar em um aumento de R$ 3,7 bilhões nos investimentos em saúde.