12 de julho de 2007 - 05:45

Câmara Federal adia votação de fidelidade partidária

Por 247 votos a 190, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu adiar a votação da fidelidade partidária, um dos pontos polêmicos da Reforma Política. Os parlamentares não aceitaram o requerimento do PDT para votá-la logo na abertura da sessão da tarde desta quarta-feira (11). A expectativa na Câmara é que a fidelidade partidária seja votada somente após o recesso parlamentar. Para esta tarde, o único ponto a ser votado deve ser o financiamento público de campanhas eleitorais.

Assim, a conclusão da reforma política só deve ocorrer depois do recesso parlamentar, que vai de 18 a 31 de julho. Como está marcada para as 19h30 desta quarta a sessão conjunta entre Câmara e Senado para votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), é possível que nenhum ponto da reforma política seja votada. Câmara e Senado somente podem entrar em recesso depois de votar a LDO.

Na tribuna da Câmara dos Deputados, o líder das minorias, Júlio Redecker (PSBD-RS), disse que não é preciso ter pressa para votar a reforma política. "A quem temos de mostrar pressa. A quem interessa toda essa pressa?", argumentou. A fidelidade partidária foi proposta pelo deputado Luciano Castro (PP-RR) e torna inelegíveis por quatro anos os políticos eleitos para mandatos, seja no Poder Executivo ou no Legislativo, que tenham mudado de partido nos quatro anos seguintes de sua diplomação pela Justiça Eleitoral.

 

Mídia Max