10 de julho de 2007 - 17:00

Manifesto no Senado reivindica Política Agrícola para o Brasil

 

Durante um manifesto no Senado em homenagem ao ex-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Antônio Ernesto de Salvo, falecido no último dia 29 de junho, a vice-presidente da entidade, senadora Kátia Abreu (DEM-TO) defendeu a implantação de uma política agrícola permanente e estável.

Em pronunciamento na presença de diversos presidentes das Federações de Agricultura dos estados, a senadora definiu sua proposta como "Política Agrícola Antônio Ernesto de Salvo”. “Propomos que se elabore e adote – finalmente, pois ela faz imensa falta – uma política agrícola nacional, com o estabelecimento de um conjunto de definições que garantam ao agricultor, dos grandes aos pequenos, orientação e segurança para plantar e colher, criar e multiplicar rebanhos, reconhecendo finalmente que a atividade rural no País não é um acidente econômico, mas um segmento vivo e permanente da sociedade brasileira”, enfatizou Kátia Abreu.

Entre os pontos de uma política agrícola consistente, a senadora citou o seguro de renda como “garantia mínima aos que produzem no campo”. Ela também mencionou aos senadores as mobilizações em que Antônio Ernesto de Salvo esteve engajado na defesa dos produtores rurais.

“Foram notáveis batalhas campais em que, no lugar de armas de morte, expôs as máquinas de trabalho dos agricultores brasileiros para demonstrar aos burocratas teimosos e aos políticos desajuizados, que eles não prejudicam marginais ou aventureiros, mas exércitos de produtores”, lembrou.

Kátia Abreu não poupou críticas ao governo que, na sua avaliação, não dá a devida importância ao setor agropecuário, motivo que provocou os vários “tratoraços” e “caminhonaços” por parte dos agricultores e pecuaristas.

“Os poderes da República sempre se mostram insensíveis com a agropecuária, por mais que ela detenha a vanguarda da economia nacional”, declarou. E acrescentou: “A inteligência dominante também não descobriu ainda que as atividades empresariais, sejam de serviços, industriais ou agropecuárias, se confundem”.

Ela também fez questão de reiterar a posição de Antônio Ernesto de Salvo em relação à reforma agrária, considerada por ele como anacrônica e economicamente incapaz de oferecer resposta às exigências de produtividade da atividade rural.

“Antônio Ernesto sempre disse profeticamente que a reforma agrária não é um fim para seus promotores, mas apenas um meio de agitação e propaganda e, naturalmente, para fazer caixa, drenando recursos públicos para suas organizações de fachada”, evocou.

 

 

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