6 de julho de 2007 - 16:24

Polícia Federal indicia casal Garotinho por crime eleitoral

Depois de uma investigação que durou um ano e cinco meses, a Polícia Federal do Rio indiciou por crime eleitoral os ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho; o deputado federal Geraldo Roberto Siqueira, o Geraldo Pudim (PMDB-RJ); e o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

Os quatro são acusados de beneficiar um grupo formado por excedentes de um concurso para inspetor de Polícia Civil, em troca de votos nas últimas eleições. Cada um dos aprovados teria se comprometido, segundo as investigações, a conseguir até 50 votos para os candidatos Pudim e Lins. Pelo menos 300 excedentes foram incorporados aos quadros da Polícia Civil.

Sobre o indiciamento, o ex-governador se manifestou nesta manhã ao publicar uma nota em seu blog e disse que está sofrendo "pura perseguição". "A atitude do delegado da Polícia Federal que tenta processar a mim e a governadora Rosinha por suposto crime eleitoral por ter, segundo ele, tentado favorecer concursados da Polícia Civil, é pura perseguição".

Garotinho negou qualquer irregularidade e questiona o fato de a PF não incluir o atual governador do Rio, Sérgio Cabral, na investigação já que, segundo o ex-governador

Na nota, Garotinho diz que Cabral "esteve reunido com todos os concursados" ao lado de Pudim. "Não cometemos nenhum crime, nenhuma irregularidade administrativa e estão fazendo isso, neste momento para confundir a opinião pública, a fim de desviar a atenção dos escândalos que envolvem pessoas próximas aos governos federal e estadual", afirma na nota.

 

 

Estadão