O tempo seco favorece a temporada de queimadas e incêndios. Muitos deles são criminosos. Os bombeiros fazem o alerta: a população deve redobrar a atenção e ajudar a preservar o meio ambiente.

Em 48 horas de incêndio, foram destruídos seis mil hectares do Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul. Cinquenta homens da brigada de incêndio, dos bombeiros e da Defesa Civil abriram uma clareira para controlar as chamas.

Em um bosque em Cuiabá (MT), além da vegetação, os animais também foram vítimas do fogo. “Queimada é um perigo. O fogo matou um tatu, pássaros e calangos”, disse um brigadista.
 

Em Minas Gerais, já são mais de 30 dias sem chuva. O calor incomum nessa época do ano e a baixa umidade do ar provocaram aumento no número de queimadas. No primeiro semestre deste ano, foram quase 700 focos de incêndio a mais que no mesmo período de 2006. De acordo com a meteorologia, a situação deve piorar.

“Esse ano, nós observamos que a estação chuvosa terminou mais cedo. Vamos ter aí praticamente oito meses sem chuvas no estado de Minas Gerais. A previsão para os próximos dias é de temperaturas altas”, prevê o meteorologista Ruibran dos Reis.
 

Os problemas climáticos nem sempre são as causas dos incêndios. Segundo os bombeiros, os homens são os responsáveis pelo fogo em 90% das ocorrências. Às margens de rodovias, aumenta o risco de acidentes, já que a fumaça prejudica a visibilidade.

Quem também sofre neste inverno de calor e clima seco são os idosos. Em um asilo, em Belo Horizonte, há espera na enfermaria. “O idoso, naturalmente, não tem sede. Mas, nessa época, é fundamental a ingestão de um litro e meio a dois litros de água ou de outro líquido por dia”, alerta o geriatra Edgar Nunes.

G1