28 de junho de 2007 - 05:15

Receita médica digital reduz erros em 66%

Médicos são famosos por terem letras não muito legíveis, e suas prescrições de remédios e exames levam a milhares de erros por ano. Para isso, os eletrônicos podem ser a salvação: hospitais nos Estados Unidos que trocaram as ordens médicas por sistemas computadorizados encontraram uma queda de 66% nos erros, de acordo com um novo estudo.

Receitas ilegíveis e erros de transcrição são responsáveis por 61% dos erros de medicação em hospitais. Uma simples mudança, como colocar um decimal a mais no lugar errado, pode ter sérias conseqüências na dosagem de remédios para pacientes. Medicamentos com nomes similares, mas efeitos diferentes, também são fonte comum de trocas.

“Esses erros de medicação são muito dolorosos para os médicos, assim como para os pacientes. Ninguém quer cometer um erro”, disse Tatyana Shamliyan, líder do estudo e pesquisadora associada da Escola de Saúde Pública da Universidade de Minnesota, nos EUA.

Os pesquisadores analisaram 12 estudos que compararam erros médicos com receitas feitas à mão e computadorizadas. Cerca de um quarto dos pacientes enfrentam erros de medicação -- incluindo remédio e dosagem errados, horário da medicação trocado ou falta do medicamento necessário.

Além de melhorar a segurança do paciente, os sistemas computadorizados tornam mais fácil a vida dos farmacêuticos, que freqüentemente precisam ligar para o médico ou conversar com o paciente para descobrir qual remédio foi pedido. Apesar do sistema computadorizado ter diminuído o número de erros, um tipo específico, a medicação trocada, não teve diminuições na ocorrência.

Atualmente, apenas 9% dos hospitais nos EUA utilizam prescrições médicas digitais. Alguns hospitais utilizam versões feitas internamente, enquanto outros usam sistemas comercializados por empresas. Alguns mecanismos até guiam os médicos durante o processo, fazendo perguntas que ajudam a evitar erros –- existem também aqueles com reconhecimento de voz.

 

 

G1