27 de junho de 2007 - 05:03

Governo repete meta de 4,5% para inflação em 2009

O Conselho Monetário Nacional (CMN) confirmou a meta de inflação para 2009 em 4,5%. É o mesmo percentual a ser perseguido pelo governo e Banco Central neste ano e em 2008. A margem de tolerância em relação a esse alvo também continuou a mesma, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A decisão já era esperada, principalmente depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista na qual ele diz acreditar que o país não deveria "fazer mais sacrifício" para cumprir uma meta menor de inflação. Assim, 2009 será o quinto ano consecutivo em que o IPCA - índice oficial - não deverá ultrapassar 4,5%.

Ao não rebaixar a meta mesmo diante de uma inflação controlada, o governo pretende garantir a continuidade da queda nos juros num cenário de aquecimento econômico - que pode trazer pressão sobre os preços.

Há, contudo, quem pense ao contrário. Como o IPCA está bem abaixo desse patamar (nos 12 meses até maio acumula 3,18%), conservar a meta em 4,5% poderia abrir espaço para as expectativas inflacionárias aumentarem. As expectativas do mercado para a inflação futura são uma das variáveis consideradas pelo Banco Central na definição dos juros. O aumento dessas projeções pode estimular o conservadorismo do BC na hora de determinar o valor da taxa Selic.

 

 

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