25 de junho de 2007 - 10:10

Copom deve manter meta de 4,5% da inflação para 2009

As recentes pressões inflacionárias já começam a mexer nas projeções do mercado financeiro. Boletim Focus desta semana aponta nova elevação das previsões para o IPCA. Para este mês a variação foi mais forte: passou de 0,18% para 0,21%. Para o ano subiu para 3,60%. Mas o cenário de longo prazo ainda permanece favorável. Tanto que a projeção para 2008 - há muito tempo estabilizada - caiu de 4% para 3,99%.

Justamente por essa perspectiva e também pela folga ainda registrada em relação à meta deste ano que o mercado continua apostando na manutenção de um ritmo mais acelerado de corte dos juros. Ou seja, mais uma redução de meio ponto na taxa básica de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Mas a evolução dos diversos índices deve ser acompanhada com atenção. A semana já começou com a divulgação de mais um índice um pouco acima do esperado. O IPC-S da FGV deveria estar cedendo, mas manteve na terceira prévia do mês a mesma variação da segunda: 0,40%.

E ainda em relação à inflação, o Conselho Monetário decide nesta semana a meta para 2009. Com todas as sinalizações dadas, até pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, o mais provável é que continue em 4,5%. O que traz uma certa tranqüilidade quanto à evolução dos juros. Mantida a atual folga entre inflação e meta, mesmo com a pressão detectada nos diversos índices, fica aberta a possibilidade de manutenção do processo de queda da taxa básica em prazo mais longo. Claro que dependendo também de outros limitadores desse processo além da inflação. Por enquanto, o mercado mantém previsão de Selic a 10,75% no final deste ano e 9,75% no fechamento de 2008.

 

 

 

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