20 de junho de 2007 - 11:03

Índios de MS discutem violência no campo

Lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul se reuniram na terça-feira (19) com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Freire. Eles querem agilidade na regularização das terras.
 
A pintura que marca o rosto é a forma de manter viva a cultura indígena. Por isso, cerca de 30 lideranças das comunidades de Mato Grosso do Sul pintaram o rosto, vestiram roupas e acessórios especiais para partiricar da "atiguassu" que, em português, significa "grande reunião". Na assembléia realizada na Lima Campo, uma área de conflito em Ponta Porã, os indígenas apontaram os principais problemas que enfrentam.
 
Participaram da atiguassu lideranças indígenas de aldeias e acampamentos do Sul do estado. Entre os principais assuntos discutidos foram a demarcação de terras e a violência no campo. Só na região Sul de Mato Grosso do Sul, segundo a Funai, existem mais de 20 áreas demarcadas que ainda não foram homologadas.
 
Delasanta Martins é líder indígena no acampamento Arroio Corá, em Paranhos, e aguarda uma posição oficial da Justiça sobre a definição das terras há cinco anos. Ele também pede mais infra-estrutura. No local existem mais de 400 índios. "Temos problemas de demarcação de terras, de saúde, de segurança", comenta.
 
O presidente nacional da Funai, Márcio Freire, ouviu todas as lideranças indígenas presentes. Ele explicou que a maneira mais eficiente de diminuir a violência é acelerando os processos de homologação das áreas já demarcadas. "É uma questão política porque os estudos antropológicos já foram feitos, os procedimentos administrativos, em sua maioria, já foram feitos. Há questões na Justiça, que não podem ser resolvidas apenas pela Funai. Nós temos de trabalhar no sentido de encontrar um caminho político para que essa questão seja resolvida", afirmou.
 
 
 
G1