19 de junho de 2007 - 05:30

Greve de fiscais agropecuários deve restringir em 70% exportações

Com a greve dos fiscais federais agropecuários que atuam em Mato Grosso do Sul por tempo indeterminado, deflagrada hoje, as exportações feitas pelos empresários do Estado devem reduzir em 70%, principalmente nas vendas de milho, soja, frango e carne bovina. De acordo com o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários de Mato Grosso do Sul, Sérgio Feijó Figueiredo, a emissão de certificados para exportação será reduzida, já que apenas 30% dos profissionais estarão trabalhando.

Figueiredo conta ainda que a fiscalização sanitária nas indústrias e os problemas de patogenia de animais também serão afetados, mas não soube estimar qual o prejuízo diário que a não certificação pode provocar. Em novembro de 2005, os fiscais paralisaram as atividades por 18 dias, até conseguir um reajuste salarial de 10%. Na ocasião, os frigoríficos tiveram que reduzir o abate de animais para não ter prejuízos pela falta do selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal).

Os fiscais revelam que desde 2005 a categoria vem pleiteando uma série de ações junto ao governo federal, dentre elas a criação da Escola Superior de Fiscais Agropecuários, contratação de novos fiscais e reajustes salariais. No entanto, até o momento nada foi oferecido pela União e a idéia é que os funcionários interrompam as atividades por uma semana.

O Estado conta atualmente com 106 fiscais federais agropecuários que atuam no controle fitossanitário e no Brasil são cerca de cinco mil fiscais federais agropecuários, que atuam desde a fiscalização das lavouras, frigoríficos, abatedouros e indústrias, até o acompanhamento da comercialização dos produtos vegetais e animais. Eles também realizam controle de qualidade dos produtos e são responsáveis pelo registro destes produtos e pelo credenciamento de empresas .
 
 
 
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