16 de setembro de 2004 - 15:31

Arrecadação de impostos bate recorde em agosto

A mudança no cálculo da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a retomada do crescimento econômico fizeram com que a Receita Federal arrecadasse em agosto R$ 25,924 bilhões.

Esse valor é recorde para o mês e representa um aumento de 22,42% sobre agosto do ano passado, já descontada a inflação medida pelo IPCA.

No acumulado do ano, a soma de todos os tributos, taxas e contribuições chegou a R$ 207,824 bilhões, o que representa crescimento de 10,81% em relação ao mesmo período de 2003.

Cofins

A arrecadação da Cofins no mês passado foi de R$ 7,033 bilhões, crescimento de 36,57% em relação ao mesmo mês do ano passado. No ano, a Receita já arrecadou com essa contribuição R$ 50,818 bilhões, contra R$ 41,023 nos primeiros oito meses de 2003, uma diferença de 23,88%.

Esse efeito se deve ao aumento de 3% para 7,6% na alíquota da contribuição, com o fim da cobrança do imposto em cascata, e à mudança na legislação que estendeu a tributação a todos os produtos importados.

Crescimento

Contribuíram também para o resultado do mês passado o aumento expressivo na arrecadação do Imposto de Importação (+26,07%) e do Imposto sobre Produtos Industrializados para automóveis (+65,72%).

No caso dos importados, a Receita informou que houve um aumento de 50,78% no valor, em dólar, das importações tributadas, o que contribuiu para esse desempenho. Já o crescimento do IPI-automóveis foi causado pelo crescimento de 33,6% no volume de vendas de veículos no mercado interno e de uma alíquota média maior em relação ao mesmo mês do ano passado, quando estava em vigor o acordo automotivo que reduziu o IPI para automóveis.

O IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) cresceu 30,68% e o IPI para os demais produtos --excluindo-se fumo e automóveis-- subiu um pouco menos, 30,58%. O IPI vinculado às importações registrou crescimento de 30,48%.
 
 
Folha Online