16 de setembro de 2004 - 15:07

Paraolimpíada começa amanhã com 4 mil atletas

Para alguns a Paraolimpíada, que começa na sexta-feira, é apenas um evento secundário depois que os atletas olímpicos deixaram a cidade. Mas para 4 mil atletas de 140 países e 15 mil voluntários, ela é o ponto alto.

"A Paraolimpíada tem peso", diz o britânico Tanni Grey-Thompson, que já conquistou 14 medalhas nos últimos quatro Jogos.

"Ela cresceu tanto desde que eu comecei a competir em Seul, em 1988, que é agora o segundo maior evento esportivo do ano".

Os primeiros "jogos em cadeiras de rodas" aconteceram em Londres, em 1948, como uma maneira de reabilitar pessoas com problemas na coluna e ajudar veteranos de guerra que sofreram sequelas a reconquistarem a auto-estima.

Desde Roma, em 1960, os Jogos acontecem a cada quatro anos, normalmente no mesmo lugar da Olimpíada, e cresceram muito tanto em tamanho quanto em prestígio.

Estes Jogos em Atenas superam as Olimpíadas de Inverno em termos de atletas - apenas 2.399 participaram dos últimos Jogos de Inverno em Salt Lake City, em 2002.

São 19 os esportes disputados. Quinze também existem na Olimpíada e quatro são exclusivos da Paraolimpíada: bocha, que é parecido com o boliche; goalball, esporte para atletas com problemas visuais; levantamento de peso deitado e rúgbi em cadeira de rodas.

Os atletas competem de acordo com o tipo de deficiência. As categorias são: amputados, paralisia cerebral, problemas de visão e cadeiras de rodas. Há uma outra categoria chamada "os outros", para atletas que não se encaixam nas anteriores.

Dentro dessas categorias os atletas ainda são divididos de acordo com diferentes níveis de capacidade.

Para os que minimizam os feitos desses atletas, deve ser lembrado que o recorde paraolímpico dos 100 metros, do nigeriano Adjibola Adeoye, fica apenas 0s94 atrás da marca de Tim Montgomery, recordista mundial na distância com 9s78. Adeoye tem apenas um braço.

Já a norte-americana Marla Runyan, que é parcialmente cega, mostrou a qualidade da competição quando tornou-se a primeira atleta paraolímpica a disputar a Olimpíada. Há quatro anos ela terminou em oitavo nos 1.500 metros.

 

Terra Redação