Uma paciente que não conseguiu extensão do prazo de aposentadoria por invalidez deu um soco no rosto de uma médica perita da unidade do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Santo André, no ABC paulista. O incidente ocorreu na manhã desta quarta-feira (6).

A médica Márcia Silva Santos teve de ser atendida no Hospital Brasil, também em Santo André, para realização de exames de tomografia e curativos. De acordo com peritos do INSS que visitaram a médica, a agressão provocou descolamento de retina no olho atingido.

A agressora, cujo nome não foi divulgado pelo INSS por razões éticas, teve uma crise nervosa e foi internada na Santa Casa de Santo André. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, que estava em São Bernardo, também no ABC, determinou que o secretário Executivo do ministério, Carlos Eduardo Gabas, visite a servidora agredida.

Marinho afirmou que o INSS deverá concluir dentro de 120 dias a instalação de equipamentos de segurança em todos os postos do INSS no país. O instituto ainda não lançou a licitação, mas Marinho estima que o custo total ficará em torno de R$ 30 milhões.

 

De acordo com o ministro, os consultórios terão campainha de pânico para que os médicos peçam ajuda em caso de agressão e detector de metais para impedir que as pessoas entrem armadas. Mas a maior novidade é a reforma dos prédios para criar rotas de fuga.

"Vamos supor que alguém queira agredir o profissional. Atrás da mesa dele, haverá uma porta pela qual ele poderá sair rapidamente", disse o ministro.

Marinho afirmou que o ministério deverá ampliar as campanhas de esclarecimento sobre o trabalho do INSS. "Precisamos também humanizar o atendimento para que as pessoas não fiquem irritadas", afirmou.

Esse não é o primeiro caso de agressão a peritos do INSS. No final de maio, o médico José Rodrigues de Souza foi morto em uma agência do INSS na cidade de Patrocínio, em Minas Gerais. Ele foi baleado na cabeça após discutir com um ex-funcionário da prefeitura.

 

 

 

G1