6 de junho de 2007 - 16:00

Dólar fecha em alta pelo 3º dia seguido, a R$ 1,952

O dólar seguiu o ajuste nos mercados globais e fechou em alta nesta quarta-feira, em meio à expectativa pela decisão sobre a taxa Selic.

O pequeno apetite do Banco Central no leilão de compra de dólares, porém, enfraqueceu a alta da moeda norte-americana e a fez encerrar na mínima do dia.

A divisa avançou 0,31%, a R$ 1,952, após atingir a máxima de R$ 1,972. Na semana, o dólar acumula alta de 2,63%.

"A quebra do otimismo no mercado americano... acentuou o movimento de ajustes no nosso mercado local e com isto as repercussões no dólar foram imediatas... inclusive para cobertura de posições", disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO.

A alta dos custos trabalhistas nos Estados Unidos aumentou o temor de inflação no país e diminuiu a expectativa de corte do juro, o que derrubou as bolsas de valores em Wall Street.

O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro e a expectativa de novos aumentos abalou as ações no mercado europeu.

Segundo Nehme, a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o juro --que será anunciada ainda nesta quarta-feira-- e o fechamento do mercado doméstico no dia seguinte pelo feriado de Corpus Christi contribuíram para a cautela dos investidores.

"A ocorrência de um feriado na quinta-feira pós-decisão do Copom... com a queda do volume na sexta-feira, já sugeria uma postura defensiva dos investidores", comentou.

A maior parte do mercado espera uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, mas a manutenção do ritmo de corte em 0,25 ponto percentual não foi totalmente descartada pelos agentes. A taxa está atualmente em 12,50% ao ano.

O dólar perdeu força após o leilão de compra realizado pelo BC no mercado à vista. Segundo Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento, a autoridade monetária aceitou apenas 2 propostas e a sobra de moeda fez a cotação fechar na mínima do dia.

"(O BC) tomou pouco dólar no mercado", resumiu Nobrega.

 

 

 

Invertia