6 de junho de 2007 - 14:48

Biodiesel não pode ser visto como monocultura

O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Chico Menezes, afirmou ontem (5) que uma das principais preocupações em relação ao biodiesel é que os agricultores familiares envolvidos na produção fiquem restritos ao plantio de oleaginosas usadas como matéria-prima, tais como soja, mamona e girassol.

"O biodiesel não pode ser visto como monocultura. Na verdade, só tem sentido identificado como uma cultura complementar à produção de alimentos, que é a vocação principal da agricultura familiar”.

O assunto foi um dos temas abordados hoje durante a reunião do Consea, a última da atual composição do conselho. Integrantes do órgão também estão preocupados com possíveis impactos negativos do aumento da produção de biocombustíveis na produção de alimentos.
Segundo Menezes, um dos riscos é que áreas destinadas ao cultivo de alimentos cedam espaço para o plantio de cana-de-açúcar, matéria-prima prima do etanol.

“A preocupação principal é com o que o etanol pode significar de empurrar culturas nessa expansão, seja para a região amazônica seja para áreas onde se produz alimentos, sobretudo trazendo impactos negativos para a agricultura familiar”.

 

 

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