Dentro de campo, os jovens aspirantes a jogador de futebol são selecionados pelas equipes através de peneiras. No caso das candidatas a sediar a Copa o processo de avaliação não será muito diferente. Os 22 municípios terão seus documentos avaliados pela CBF e por uma comissão interministerial do governo federal, capitaneada pelo diretor de projetos no Ministério do Esporte, Alcino Reis Rocha. Enquanto a entidade máxima do futebol brasileiro avaliará os estádios, o poder público será responsável pelas garantias de itens de infra-estrutura como segurança, transportes, saúde e turismo.

No dia 31 de julho, a CBF entregará à Fifa o nome de 18 cidades que poderão abrigar jogos da Copa, finalizando a primeira etapa da ‘peneira’. A confederação dará a palavra final sobre o assunto, mas terá de ouvir diversos integrantes do governo, como a Casa Civil da Presidência da República e os ministérios do Esporte; Planejamento, Orçamento e Gestão; Fazenda; Relações Exteriores; Justiça; Turismo; Comunicações; Trabalho e Emprego; Defesa; Cidades e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Todos estes órgãos, à exceção do Ministério de Cidades, mandaram representantes à primeira reunião com a CBF em Brasília, dia 7 de maio.

As capitais de Estado são, a princípio, favoritas à condição de sede por questões políticas e por tradicionalmente possuírem os melhores estádios. Das 22 candidatas, apenas duas cidades, Olinda (PE) e Campinas (SP), não se encaixam neste perfil.

A segunda fase de avaliações será iniciada em setembro. Inspetores da Fifa virão ao Brasil para avaliar os municípios e os estádios. De 1 e 6 de novembro, a entidade máxima do futebol mundial divulgará a lista com as 12 cidades que irão abrigar a Copa de 2014 - isso se confirmar que o evento será realizado no Brasil. Embora o País seja candidato único, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já avisou que não irá aceitar problemas de infra-estrutura e afirmou que não hesitará, se necessário, em quebrar o rodízio de continentes que ele mesmo estabeleceu.

As dez cidades excluídas do processo seletivo para sede da Copa ainda terão chance de participar do evento, ainda que indiretamente, porque as delegações participantes sempre escolhem um local separado das sedes para a concentração durante a disputa.

Brasília (DF)
Belém (PA)
Belo Horizonte (MG)
Campinas (SP)
Campo Grande (MS)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Fortaleza (CE)
Goiânia (GO)
João Pessoa (PB)
Maceió (AL)
Manaus (AM)
Natal (RN)
Olinda (PE)
Porto Alegre (RS)
Recife (PE)
Rio Branco (AC)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
São Paulo (SP)
Teresina (PI)

Estadão