2 de junho de 2007 - 04:24

Estado suspende obras para transformar antigo motel em presídio

Após pressão de moradores da região sul de Campo Grande e dos vereadores da Capital, o governo do Estado decidiu paralisar as obras de reforma do prédio do Motel Bon Vivant, localizado na saída para São Paulo, para transformá-lo em um presídio de regime semi-aberto para abrigar os internos da Colônia Penal Agrícola que será desativada ainda neste ano. A informação foi repassada há pouco ao Midiamax pelo presidente da Comissão de Segurança da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Cabo Almi (PT).

"O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini Brasil, nos oficializou sobre a suspensão das obras e está estudando a possibilidade de construir esse presídio de regime semi-aberto nas proximidades do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima) de Campo Grande", disse o vereador, ressaltando que a região das Moreninhas não terá mais a unidade penal.

"Esse foi um trabalho conjunto realizado pelos 21 vereadores que assinaram um ofício ao secretário Jacini, com propostas de ressocialização dos presos e o compromisso de ajudar a Prefeitura de Campo Grande a definir uma nova área", disse Cabo Almi.

Ontem o deputado estadual Youssif Domingos (PMDB), líder do Governo na Assembléia Legislativa, deu sinais claros que instalação do presídio semi-aberto no antigo motel poderia ser revisto. A declaração foi após lideranças comunitárias de 12 bairros da região do Motel Bon Vivant entregarem um abaixo-assinado com cerca de seis mil assinaturas contra a intenção de transformar o local em um presídio.

Youssif citou que o Governo não estava fechado a discussões e poderia mudar de idéia se tivesse outro lugar para instalação do presídio. Ele citou que o Governo só está procurando um novo local porque o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), pediu a área da Colônia para acertar as contas da permuta realizada com a União, durante acordo firmado para construção do presídio federal.

O parlamentar citou que o único local apontando até agora foi o do motel, mas garantiu que o Governo não faria disso um “cavalo de batalha”. Youssif afirmou que o Governo quer dar um novo perfil para o sistema semi-aberto e deve contratar aproximadamente 200 agentes penitenciários para trabalhar no local.

 

 

Mídia Max

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