31 de maio de 2007 - 05:03

Pesticidas aumentam risco de Parkinson

A exposição aos pesticidas é um fator que agrava o risco de uma pessoa contrair o mal de Parkinson, concluiu um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Universidade de Aberdeen (Reino Unido).
Um alto nível de exposição aumenta em até 39% esta possibilidade contra 9% para as pessoas que só entram em contato com esses produtos de vez em quando, segundo o estudo realizado com 959 pacientes afetados pela doença.
 
O mal de Parkinson é uma doença neurológica ligada à degeneração progressiva das células do cérebro que produzem dopamina, um mensageiro químico entre os neurônios que intervém no controle dos movimentos.
 
A doença se apresenta por meio de três sintomas: um tremor incessante, que se manifesta em dois terços dos doentes, rigidez dos músculos e lentidão dos movimentos.
 
Os pesquisadores solicitaram aos pacientes que respondessem a perguntas sobre sua vida cotidiana e sobre seu nível de exposição a alguns produtos químicos, como pesticidas ou metais como o ferro, o cobre ou o manganês. Também foi perguntado a eles sobre o histórico médico-familiar ou sobre o hábito de fumar. Esse questionário foi respondido depois por pessoas saudáveis.
 
O estudo concluiu que, embora o maior risco de se contrair o mal de Parkinson esteja relacionado a fatores hereditários, a exposição aos pesticidas representa claramente um agravante.
 
"Isso não prova que os pesticidas causam a doença, mas aumenta" as suspeitas de que existe um vínculo, comentou Finlay Dick, responsável pela pesquisa.
 
Curiosamente, o hábito de fumar surgiu como uma forma de proteção contra esse mal.

 

 

G1