30 de maio de 2007 - 14:00

Morales protesta contra Fifa e joga futebol em La Paz

O presidente da Bolívia, Evo Morales abriu nesta quarta-feira, em La Paz, o chamado "Dia do Desafio", cujo objetivo é mostrar que a prática de esportes é possível em cidades localizadas na altitude, jogando futebol na Praça Murillo, em frente ao Palácio de Governo.

Em um breve discurso, o governante reiterou seu convite às autoridades esportivas e aos prefeitos das cidades nos países andinos afetados para uma cúpula de união pela universalidade do esporte no próximo dia 6 de junho, em La Paz.

O político enviou nesta uma delegação a Zurique para tentar convencer o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, a desistir da decisão de vetar jogos em locais acima dos 2.500m de altitude.

O grupo tem como membros mais importantes o ministro da Presidência da Bolivia, Juan Ramón Quintana, e o vice-ministro de Esportes, Milton Melgar.

"Vamos bater as portas da Fifa a qualquer hora e sob qualquer circunstância para que a Fifa saiba, entenda e compreenda que aqui há um país de pé, e um governo que não vai permitir este veto à Bolívia", disse Quintana à imprensa antes do embarque rumo à Suíça.

A Bolívia é um dos países mais afetados pela decisão da Fifa, que argumenta que a altitude provoca uma queda de rendimento no desempenho dos jogadores.

O Estádio Hernando Siles de La Paz, principal do país, está situado 3.577m acima do nível do mar, mas há outros quatro na mesma situação: em Cochabamba (2.558m), Sucre (2.790m), Oruro (3.702m) e Potosí (3.976m).

Quintana, explicou que Morales está em contato constante com outros países da região para obter apoio. As autoridades bolivianas esperam que esta ajuda seja oficializada até 15 de junho, data em que os dez países filiados à Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) analisarão a decisão da Fifa.

Segundo o vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Mauricio Méndez, cinco países são contra o veto: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Paraguai. Todas as forças se voltam agora para conseguir o apoio da Venezuela, o que formaria maioria na confederação.

 

 

Terra Redação