30 de maio de 2007 - 10:34

Ecclestone: McLaren pode ser expulsa ou perder pontos

A McLaren pode receber uma multa pesada e até mesmo ser expulsa do Mundial de Fórmula 1 se for considerada culpada de usar "ordens ilegais" de equipe no Grande Prêmio de Mônaco, realizado no fim de semana passado, disse nesta quarta-feira o dirigente máximo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone.

A escuderia teria ordenado que o estreante britânico Lewis Hamilton diminuísse o ritmo após seu primeiro pit stop na corrida de domingo para garantir a dobradinha dele com o companheiro de equipe Fernando Alonso, que estava em primeiro e venceu a prova.

Ecclestone sugeriu que qualquer multa imposta à McLaren seria superior ao valor recorde de US$ 5 milhões estabelecido para a Federação Turca e os organizadores do GP do país no ano passado por uma violação na cerimônia do pódio.

"Isso seria uma quebra do regulamento. Isso é mais sério e a (punição) precisa refletir isso. Eles podem ser expulsos do campeonato ou sofrer uma redução de pontos. Uma multa para a McLaren, com o dinheiro que a equipe tem, não teria o mesmo efeito que uma perda de pontos", disse Ecclestone, acrescentando que os pilotos não seriam punidos.

"Se eu estou pilotando para você e você me diz para ficar onde estou e não ultrapassar quem está na frente, o que eu posso fazer?", disse o dirigente. "Aqueles que deram as ordens são quem deve receber as punições."

O chefe da McLaren, Ron Dennis, alegou que foi apenas uma estratégia normal para garantir a vitória em um circuito onde ultrapassar é extremamente difícil e há um constante risco de acidente.

Os ex-campeões Jackie Stewart e Nigel Mansell disseram que não viram nada de errado com as decisões da McLaren.

Apesar disso, Ecclestone afirmou ao jornal Daily Mail que "se foram ordens de equipe relacionadas à posição dos pilotos, se alguém é avisado para avançar ou manter sua posição, isso é contra todas as normas que temos no esporte".

"Eles seriam aliviados se pegassem a mesma punição que a Ferrari." A Ferrari foi multada em US$ 1 milhão de dólares - metade do valor foi cancelado - por ter mandado o brasileiro Rubens Barrichello entregar a vitória para Michael Schumacher no Grande Prêmio da Áustria de 2002. Depois do episódio, ordens de equipe foram tornadas ilegais.

 

 

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