30 de maio de 2007 - 10:19

Santos e Grêmio prometem duelo ofensivo hoje no Olímpico

O técnico Vanderlei Luxemburgo nunca escondeu que seu maior sonho na carreira, atualmente, é conquistar o título da Copa Libertadores. Para continuar a persegui esse sonho, deve escalar Santos mais ofensivo diante do Grêmio, às 20h45 (horário do Mato Grosso do Sul), no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, no primeiro duelo entre ambos na semifinal.
O treinador sabe da força do rival no Sul, mas também tem ciência de que, se sua equipe fizer gols na casa do adversário, terá mais tranqüilidade na decisão da vaga para a final da competição continental. Os dois times buscam a terceira conquista - o Santos foi bi em 62 e 63, enquanto o Grêmio venceu em 83 e 95.
“Todos dizem que nosso empate com o América [0 a 0 no México] foi ruim. Mas é bom sim, e se for por 2 a 2 ainda melhor”, afirmou o técnico, que deve abrir mão do esquema 3-6-1, que utilizou no México, e optar pelo 4-4-2 com o atacante Jonas na vaga de Marcelo. O Santos sofreu para eliminar os mexicanos na Vila justamente por ter abdicado de fazer gols fora. Sofreu 1 a 0 na Vila e só conseguiu os 2 a 1 na etapa final. Agora só fala em quebrar o tabu dos gaúchos, que ainda não sofreram gols em casa.
Luxemburgo, porém, não quis confirmar a escalação. Adotou a tática do mistério, como seu oponente, Mano Menezes. “Todos os atletas aqui têm condições de jogar”, despistou. E brincou sobre o treinador gaúcho. “Ele já está careca. Vamos deixá-lo perder mais alguns fios de cabelo.”
Otimismo no Grêmio
De vereda, marcar um gol nos crioulos, deixar Luxemburgo de guampa torta e se aprochegar da classificação. Calma, o Grêmio não está desrespeitando ou usando discriminação racial. A ordem de Mano Menezes, no bom vocabulário gauchesco, significa fazer um gol imediatamente nos adversários, provenientes de algum lugar, no caso o Santos, deixar o treinador rival mal humorado e se aproximar da vaga.
Divulgação
 
 
“Estamos atuando em casa e temos a obrigação de conquistar um bom resultado”, advertiu Mano. “Será um duelo extremamente parelho e quem sair com vantagem terá mais chances”, seguiu, lembrando das duas vezes em que já enfrentou o Santos de Luxemburgo: vitória por 1 a 0 no Sul e derrota pelo mesmo placar na Vila.
A ordem é sufocar o rival, mas tomando cuidado na defesa. “Não podemos tomar gol de nenhuma forma. Se for para ser empate, que seja por 0 a 0.” O técnico ainda não sabe se terá o meia Tcheco. Mas promete não inventar. Se não contar com o capitão, usará um substituto com características semelhantes. “Nossa tônica sempre foi a organização. Agora não é hora de inventar.”

 

 

Estadão