29 de maio de 2007 - 16:37

Dólar segue piora das bolsas externas e fecha a R$ 1,950

O dólar encerrou em alta nesta terça-feira, atento à piora das bolsas de valores por conta da queda do petróleo e de medidas do governo chinês para esfriar o mercado superaquecido. A divisa norte-americana fechou a R$ 1,950, com avanço de 0,36%.
Na máxima do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 1,955l, logo que o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares e os investidores receberam a notícia da China.
O governo chinês decidiu aumentar a taxação sobre operações no mercado acionário de 0,1% para 0,3%. No ano, o principal índice do mercado acionário do país acumula alta de mais de 60%.
A medida vem quase uma semana após o ex-chairman do Federal Reserve Alan Greenspan ter alertado sobre uma possível correção brusca no mercado acionário chinês, o que provocou realização de lucros e ajustes nos mercados globais.
"Saiu a notícia da China e o dólar deu uma subida acompanhando os outros mercados. Por enquanto foi impacto da notícia, mas depois deve voltar", afirmou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, lembrando que a tendência de queda do dólar continua.
Ele ponderou que é preciso observar como os mercados globais reagirão à decisão nos próximos dias.
As bolsas de valores norte-americanas e a Bolsa de Valores de São Paulo ampliaram a baixa depois da notícia. Antes, os índices já eram abatidos por ações do setor de energia, em meio ao recuo dos preços internacionais do petróleo.
Por aqui, o Banco Central atuou duplamente no câmbio. No leilão de compra de dólares no mercado à vista a autoridade monetária aceitou 15 propostas, segundo operadores.
O BC também vendeu o equivalente a US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial reverso, mas a operação serviu de rolagem para o vencimento de contratos em 1º de junho.
Embora o dólar tenha subido com um pouco mais de força na parte da tarde, o mercado de câmbio se mostrou cauteloso desde a abertura na expectativa de uma série de indicadores norte-americanos nos próximos dias.
Entre os eventos previstos na semana estão a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, dados de crescimento e de criação de empregos nos EUA.
"As cotações do dólar devem continuar alternando pequenas quedas com pequenas altas, conforme esses indicadores... traduzam um cenário mais ou menos favorável para a economia brasileira", avaliou Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora.
 
 
 
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