A Federação Boliviana de Futebol (FBF) cogita não participar da Copa América de 2007, na Venezuela, como forma de protesto pela decisão da Fifa de vetar jogos internacionais em cidades situadas a mais de 2.500m de altitude.

Segundo o vice-presidente da FBF, Mauricio Méndez, o país discutiu uma possível ausência com as federações de Colômbia e Equador. Até agora, a causa boliviana é apoiada por Peru, Equador, Colômbia e Paraguai.

Se conseguir o apoio venezuelano, será maioria na reunião da Confederação Sul-Americana do próximo dia 15 de junho, que discutirá se levará a causa adiante.

O dirigente disse que, se a Venezuela não apoiar o país em sua decisão de acabar com a proibição, não irá ao torneio, no fim do mês de junho.

Méndez assegurou também que o relatório usado pela Fifa para vetar os jogos de futebol acima dos 2.500m, é questionável, pois não tem base científica.

"Realmente, o relatório deixa muito a desejar", assegurou Méndez ao comentar que, neste documento, a comissão médica da Fifa admite saber da necessidade de fazer uma pesquisa exaustiva sobre o assunto.

"Fomos punidos sem ter sido feito o estudo científico recomendado, o que nos deixou muito preocupados e causou grande irritação nos países andinos", disse Méndez.

Na segunda, os governos de Bolívia, Colômbia, Equador e Peru contestaram a decisão através da Comunidade Andina (CAN). O Estádio Hernando Siles de La Paz, palco dos jogos da seleção da Bolívia nas eliminatórias, está situado 3.577m acima do nível do mar.

Até o presidente da Bolívia, Evo Morales, prometeu que irá pressionar a Fifa para que a entidade volte atrás e derrube o veto a jogos na altitude. Nesta segunda, Morales convocou uma reunião emergencial para discutir o assunto.

Terra