15 de setembro de 2004 - 14:05

Furacão Ivan já passou por dez países e deixou 72 mortos

O furacão Ivan deixou ao longo de pouco mais de uma semana pelo menos 72 mortos e um rastro de casas e plantações destruídas em dez países, além das Ilhas Cayman.

A região mais atingida foi o Caribe. O furacão passou por Barbados, República Dominicana, Granada, Ilhas Cayman, Haiti, Jamaica, Trinidad e Tobago, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Cuba.

Outro local atingido foi a costa venezuelana, onde pelo menos cinco pessoas morreram e mais de dez ficaram feridas pelas fortes chuvas, enchentes e ondas gigantes provocadas pelo furacão.

Nove pessoas que estavam em um barco na região costeira da Venezuela ainda permanecem desaparecidas, cerca de 350 casas foram atingidas e 21 ficaram totalmente destruídas --mais de 40 barcos foram danifacados ou afundaram.

Vítimas no Caribe

Na região do Caribe, uma das áreas mais prejudicadas pelo furacão foi a ilha de Granada, onde pelo menos 39 pessoas foram mortas.

Cerca de 90% das casas de Granada foram danificadas ou destruídas e muitas tiveram os telhados arrancados.

O furacão Ivan também atingiu os serviços de telefonia e eletricidade da ilha e causou falta de comida e água potável.

A indústria de noz moscada de Granada, crucial para a economia local, também foi severamente prejudicada.

Na República Dominicana, quatro jovens morreram afogados depois de serem atingidos por uma onda gigante em Santo Domingo.

Na Jamaica, 19 pessoas foram mortas, incluindo um homem e seus três filhos, que foram soterrados por um deslizamento de terra.

Nesta segunda-feira (6), o furacão Ivan chegou a Cuba com fortes chuvas e ventos. As autoridades cubanas determinaram a saída de 1,3 milhão de pessoas de áreas de risco e afirmaram que não houve registro de vítimas.

Nos Estados Unidos, diante da ameaça de que o impacto do furacão chegue ao país, cerca de dois milhões de pessoas deixaram suas casas em regiões da Louisiana, da Flórida, do Mississipi e de Alabama. Em alguns casos, as autoridades determinaram a saída obrigatória de residentes.
 
 
BBC Brasil