O dólar encerrou a sexta-feira em queda de quase 1%, retomando a tendência de baixa diante da melhora dos mercados acionários. A divisa norte-americana caiu 0,91%, para R$ 1,952.

 

No começo da semana, o dólar chegou a fechar na menor cotação desde janeiro de 2001, a R$ 1,940, mas recuperou terreno nas três sessões seguintes. Ainda assim, o desempenho nesta sexta-feira fez com que o dólar acumulasse na semana baixa de 0,46%.

 

"O que a gente estava percebendo é que foram alguns momentos de realização (de lucros) e que hoje o câmbio voltou a uma certa normalidade", afirmou Francisco Gimenez Neto, diretor de operações da corretora de câmbio NGO.

 

Os ajustes de posição das últimas sessões seguiram realizações de lucros nas bolsas de valores. Neste pregão, os mercados acionários voltaram a registrar ganhos expressivos.

 

O diretor destacou, porém, que o volume de negócios ficou ligeiramente abaixo da média dos últimos dias. Perto do fechamento, o volume registrado no Banco Central era de cerca de US$ 2,7 bilhões, segundo Neto. Nas sessões anteriores, o volume superou US$ 3,5 bilhões.

 

Além disso, ele mencionou que algumas tesourarias aproveitaram a parte da tarde para desacelerar o declínio da moeda, na tentativa de vender a um preço mais elevado para o Banco Central - que tem comprado dólares diariamente no mercado à vista.

 

"A gente percebe que o mercado se posicionou para tentar vender para o BC acima de R$ 1,95 e ele deve ter comprado pouco, como nos últimos dias", avaliou Neto, acrescentando que a moeda só não caiu mais depois da operação porque já estava próximo do fechamento.

 

No leilão de compra de dólares, o BC aceitou entre sete e nove propostas, segundo operadores.

 

Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação, reforçou que o avanço da bolsa paulista pode sinalizar entrada de recursos no país, e citou também a atuação de exportadores na ponta de venda do mercado de câmbio.

 

A menos de meia hora do fechamento, o principal índice da Bovespa subia quase 2%.

 

 

 

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