24 de maio de 2007 - 10:28

Ataque suicida mata ao menos 27 em funeral no Iraque

Ao menos 27 pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um ataque suicida ocorrido em um funeral em Fallujah, 50 km a oeste de Bagdá, informaram fontes médicas e policiais nesta quinta-feira.

O suicida atingiu uma multidão que participava da procissão por Allawi al Isawi, morador da região que morreu nesta quinta-feira, segundo o policial Jamal Anfous, citado pela Reuters.

O médico Ahmed al Ani, que trabalha para um hospital local, disse à Reuters que 27 pessoas morreram e 30 ficaram feridas na ação.

Slahaldeen Rasheed /Reuters Bombeiro tenta apagar fogo em poço de petróleo perto de Kirkuk Bombeiro tenta apagar fogo em poço de petróleo perto de Kirkuk
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque. No entanto, de acordo com a polícia, Al Isawi era opositor de um grupos local ligado à rede terrorista Al Qaeda.

Segundo a polícia, o grupo realiza uma campanha de explosões e ataques a tiros na Província de Anbar contra líderes sunitas tribais que formara uma aliança de oposição.

Também nesta quinta-feira, o porta-voz militar dos EUA Josslyn Aberle confirmou que o corpo encontrado ontem no rio Eufrates era do soldado americano Joseph Anzack Jr, 20, de Torrance, Califórnia. O corpo apresentava marcas de tiros e sinais de tortura.

Anzack havia desaparecido em 12 de maio ao lado de dois colegas, quando a patrulha em que estavam foi vítima de uma emboscada em Mahmudiya, no chamado Triângulo da Morte.

Quatro soldados americanos e um tradutor iraquiano morreram na ação. "As buscas pelos outros dois soldados continuam", afirmou Aberle.

O Estado Islâmico no Iraque --coalizão de oito grupos terroristas liderada pela Al Qaeda-- assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas não mostrou provas de que manteria os soldados reféns.

Poço de petróleo

Também hoje, um ataque contra um poço de petróleo perto de Kirkuk (norte) provocou a formação de densas nuvens negras, informaram fontes da segurança e da companhia petroleira.

"Insurgentes aproveitaram que os guardas dormiram para explodir o poço com uma bomba", afirmou um oficial do Exército iraquiano que falou à France Presse em condição de anonimato.

Segundo ele, serão necessárias várias semanas para apagar o incêndio.

Um funcionário da Companhia de Petróleos do Norte confirmou a informação.

As instalações petroleiras iraquianas são alvos freqüentes de atentados.

O oleoduto que une os campos de petróleo da região de Kirkuk ao porto turco de Ceyhan é fechado com regularidade por causa dos ataques.
 
 
Folha Online