19 de maio de 2007 - 05:40

Vivo e TIM perdem clientes, mas mantêm 50% dos celulares

O número de telefones celulares no Brasil alcançou no mês passado 102,9 milhões de aparelhos em funcionamento, o que representou um crescimento de 0,71% em relação a março. As duas primeiras colocadas no ranking da telefonia móvel - Vivo e TIM - perderam clientes, mas permanecem com mais da metade dos celulares em uso no Brasil.

As duas operadoras estão na mira das autoridades brasileiras, que temem concentração de mercado, já que a controladora da Vivo, a espanhola Telefónica, comprou a Telecom Italia, que é dona da TIM.

Os possíveis reflexos do negócio no Brasil serão debatidos na próxima semana em audiências públicas no Congresso e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As empresas têm até segunda-feira para notificar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) da compra e apresentar o pedido de anuência prévia para o negócio.

Nos dados divulgados nesta sexta-feira pela Anatel, a Vivo, que tinha 28,42% do mercado em março, aparece com uma participação de 28,34% em abril. A TIM, que vinha em uma trajetória de crescimento, caiu de 25,77% em março para 25,71%. A Claro continua conquistando mercado, subindo de 24,09% para 24,24%, e a Oi manteve a mesma participação de 13,08%.

Em abril, 722.799 novos celulares foram habilitados. Nos primeiros quatro meses do ano, o número de novos aparelhos foi de 2,95 milhões. O crescimento registrado nesse período, de 2,96%, foi inferior ao primeiro quadrimestre do ano passado, quando foi registrada alta de 5,07%.

Nos últimos doze meses, segundo a Anatel, surgiram 12,3 milhões de novos assinantes. Também neste caso o crescimento de 13,57% foi bem menor que os 27,96% registrados de maio de 2005 a abril de 2006.

Os números da Anatel mostram que, mais da metade da população brasileira tem celular. O Distrito Federal lidera o ranking, com mais de um celular por pessoa. O Rio Grande do Sul vem em segundo lugar, com 69 celulares por grupo de cem habitantes. Em terceiro lugar, está o Rio de Janeiro, com 68,49%, e São Paulo aparece em sétimo lugar, com 60,21%.

 

Estadão