18 de maio de 2007 - 13:39

Marcola terá primeira visita íntima após casamento

Marco Willians Herbas Camacho, 39 anos, o Marcola, apontado como o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas, já está no convívio normal da Penitenciária Mauricio Henrique Guimarães Pereira, a P-II de Presidente Venceslau. Marcola deverá receber neste final de semana a visita de sua mulher Cinthia para o primeiro contato, depois do casamento que ocorreu na primeira semana de janeiro deste ano, quando ele ainda estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Além da visita da mulher, Marcola também deve receber o "jumbo" (sacola com alimentos, guloseimas e outros produtos), que não poderia receber quando internado no RDD em Presidente Bernardes.
 
Depois de passar um ano confinado em uma cela solitária no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), unidade considerada de segurança máxima do País onde funciona o RDD, o preso foi levado para a P-II de Venceslau, onde passou por um período de inclusão de 10 dias, em uma cela individual e sem contato com os demais presos.
Nesta sexta-feira, ele foi incluído no convívio, e teve o primeiro contato com os demais presos da unidade. "A vida volta ao normal, dentro do que é normal para um preso", disse a advogada de Marcola.
Ela afirmou também que a expectativa era grande por parte de Marcola e dos demais presos da P-II. "É assim mesmo. Não por ser ele, mas funciona da mesma maneira com todos os presos. Quando eles retornam para o convívio normal, sempre são bem recebidos pelos demais. Pois é uma situação que ninguém quer passar", disse a advogada.
 
Mesmo no convívio normal, Marcola será, como os demais presos, vigiado de perto pelos agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), espécie de pelotão de elite dos agentes penitenciários. Eles usam escopeta de calibre 12 e trabalham todo o período com o rosto coberto por uma balaclava (capuz que esconde todo o rosto e possui apenas os orifícios para o olho e a boca). Questão de segurança.
 
Na penitenciária II de Presidente Venceslau, onde existe um regime rígido de disciplina, estão recolhidos os principais integrantes do PCC. Os presos vivem em celas coletivas, todos do mesmo raio saem juntos para o banho de sol, praticam esportes, podem trabalhar e estudar e tem acesso a rádio e televisão normalmente. Nos finais de semana, recebem visitas íntimas.
 
 
Terra Redação