15 de maio de 2007 - 05:55

Estudo aponta para o aumento da hipertensão no mundo

Os números são chocantes: cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de pressão sanguínea alta, e mais de 500 milhões de outras terão o problema, que pode matar, até 2025.

E a situação não se restringe ao Ocidente. Até em países africanos este mal está se tornando comum. Isso representa milhões de mortes por problemas cardíacos. Mesmo assim, a hipertensão não recebe da mídia a mesma atenção que outras doenças recebem, como, por exemplo, a gripe aviária, que matou menos do que 200 pessoas em todo o mundo.

"A hipertensão está um pouco fora de moda", disse o médico Jan Ostergren, do hospital da universidade sueca Karolinska, co-autor do primeiro estudo que analisa o impacto global da pressão alta.

Tal pesquisa alertou a comunidade médica sobre a necessidade de se combater, junto com governos de todo o mundo, a hipertensão do mesmo modo que os países combateram - e erradicaram - outras doenças, como a poliomielite.

A idéia agradou a cardiologistas de todo o mundo. "Até nos Estados Unidos a maioria das pessoas com pressão alta não é tratada adequadamente", disse o médico Sidney Smith, da universidade da Carolina do Norte, que aconselhou a Federação Mundial do Coração: "Olhem para a China, olhem para a África; vão ao redor do mundo. Este (a hipertensão) é um fator de alto risco."

E os perigos vão além do coração. Pressão sanguínea alta é a maior causadora de derrames e de falência renal. Ela também prejudica a visão (causando muitas vezes cegueira) e até na saúde mental.

Mesmo assim, o tratamento preventivo dessa doença é fácil e não custa muito. Uma melhor dieta e a prática de exercícios físicos regularmente auxiliam em seu combate. Quando isso não é o bastante, drogas que baixam a pressão podem ser uma saída barata e eficaz. Mas, é bom lembrar, todo medicamento deve ser ministrado somente após aval médico.

 

Estadão