15 de maio de 2007 - 04:40

Índios pedem apoio do MPF para reativar regional da Funai

Uma comissão formada por quatro caciques de aldeias da região de fronteira com o Paraguai deslocou-se na manhã desta segunda-feira a Dourados para pedir apoio do MPF (Ministério Público Federal) contra o fechamento da Delegacia Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Amambai.

Os líderes indígenas Rodolfo Ricarte (Aldeia Amambai), Hamilton Lopes (Aldeia Maracatu), Assunção Samariego (Aldeia Porto Lindo) e Jorge Gonçalves (Aldeia Porto Lindo Piraquá), que representarão caciques de outras 18 aldeias atendidas pela regional, querem o apoio do MPF no sentido de manter a regional do órgão em Amambai.

Segundo o cacique Hamilton Lopes, além do prejuízo para as comunidades indígenas da região, que ficarão sem assistência adequada, o fechamento da sede da Funai em Amambai significa uma “derrota” para os povos indígenas da região que, após anos de luta, conquistou a Delegacia Regional em 1986 e agora, sem se quer serem ouvidos, tiveram a regional retirada.

“Muitos dos nossos patrícios que lutaram anos e anos para a implantação dessa Delegacia Regional aqui em Amambai já morreram e cabe a nós, índios guarani, honrar a luta desses líderes e também lutar pela permanência da regional”, disse Hamilton Lopes.

Lideranças de todas as 22 áreas indígenas divididas em 12 municípios da fronteira, assistidas pela já extinta Delegacia Regional da Funai em Amambai, estão reunidas no prédio da Funai em Amambai. Eles aguardam a manifestação da Funai em Brasília (DF), que até o momento não se pronunciou, para tomar uma decisão sobre como agir.

Segundo as lideranças, se em 24 horas a Funai não se pronunciar, eles serão obrigados a realizarem manifestações de forma mais dura para chamar a atenção das autoridades, da imprensa e da sociedade para a questão. Essas ações incluiriam, inclusive, bloqueios de estradas e rodovias em toda a região sul do Estado.

 

 

 

 

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