14 de maio de 2007 - 16:36

BC compra pouco e dólar fecha no menor nível em 6 anos

O Banco Central reduziu o ritmo de atuação no mercado de câmbio nesta segunda-feira e deu espaço para que o dólar encerrasse no menor fechamento desde 20 de fevereiro de 2001, a R$ 2,009.

O preço está bem próximo da barreira psicológica dos R$ 2 e coincide com a menor cotação em seis anos durante os negócios, atingida no último dia 3 de maio.

Segundo um operador de uma corretora nacional, que não quis ser identificado, a autoridade monetária aceitou no máximo duas propostas no leilão de compra de moeda, e isso fez com que o dólar acentuasse a queda nos últimos minutos de pregão. A taxa de corte do leilão foi de R$ 2,0147.

Esta foi a quarta sessão consecutiva em que o Banco Central não realizou leilão de swap cambial reverso - que tem efeito de uma compra futura de dólares.

Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, lembrou que no pregão anterior a autoridade monetária já havia reduzido a intensidade da atuação.

"Deu para perceber que na sexta o BC já não entrou com todo aquele apetite e hoje, pelo que a gente pôde perceber, ele entrou no mercado com o que era esperado, (ou seja) nada muito expressivo", comentou o gerente.

"O fluxo está muito intenso, está uma situação bem específica de que os dados não só da economia local, como da economia norte-americana... são positivos", completou.

A agenda econômica do dia foi esvaziada, colaborando para que o dólar refletisse principalmente o fluxo de ingressos. Na terça-feira, os investidores estarão de olho no dado de preços ao consumidor dos Estados Unidos.

Para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, se o dado de inflação vier positivo, o mercado pode testar a barreira psicológica dos R$ 2 ainda nesta semana.

"Se o número do CPI amanhã vier bom, sem susto (dentro das expectativas), o mercado pode ganhar uma pressão de venda (de dólar) para essa semana ainda", previu.

 

 

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