O presídio federal de Segurança Máxima de Campo Grande está recebendo mais 11 presos, entre eles um detento de Dourados que teria planejado um atentado contra o juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal. Os outros dez presos são do Ceará, e seriam chefes de grupos criminosos naquele estado.

Em um ofício encaminhado ao Depen (Departamento Nacional do Sistema Penitenciário), o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini Brasil, solicitou em caráter de urgência a vaga para o preso Aldo José Marques Brandão, condenado a 27 anos de pena, além de multa e perda de uma fazenda na região de Amambai, em decisão do juiz Odilon. Ele foi condenado pelos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, lavagem ou ocultação de bens provenientes do tráfico de entorpecentes e sonegação fiscal.

O plano para matar o juiz, que não é o primeiro já descoberto, não foi detalhado. Brandão já está no presídio federal. Ele chegou ontem à noite, escoltado pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Após a descoberta do plano de atentado, o juiz Odilon de Oliveira teve a segurança reforçada, com apoio de policiais do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

O presos vindos do Nordeste devem chegar esta tarde, em uma operação que reúne forças policiais estaduais e federais. As vagas foram solicitadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania, para dez detentos considerados de alta grau de perigo. A operação de transferência envolve mais de 150 homens.

Entre os presos está o português Luiz Miguel Militão Guerreiro, que planejou a morte de seis portugueses numa barraca da Praia do Futuro, em 2002, apontado como um dos chefes da quadrilha que dava o golpe do seqüestro virtual em Fortaleza.