30 de abril de 2007 - 15:24

Dia de violência no Iraque mata pelo menos 30 pessoas

Pelo menos 30 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas hoje, em mais uma onda de violência que castigou diversas regiões do Iraque, segundo fontes de segurança locais.

As fontes explicaram que o atentado que deixou mais mortos foi cometido por um suicida em um funeral na localidade de Khalis, 70 quilômetros ao norte de Bagdá. O ataque deixou 15 mortos e mais de 20 feridos, segundo o escritório de segurança da província de Diyala.

O suicida detonou seu cinto de explosivos no meio de uma tenda montada pela família do morto para receber as condolências.

Após o atentado, às 19h (13h em Brasília), um grande número de ambulâncias chegou ao lugar para transferir os mortos e feridos aos hospitais de Diyala.

Um responsável da administração local, Adi al-Khadran, assegurou que o suicida conseguiu entrar na tenda devido à falta de medidas de segurança durante o funeral.

Segundo Khadran, o terrorista se juntou a vários familiares na cerimônia e se deslocou até o centro antes de explodir as bombas.

Um confronto entre um grupo rebelde e forças de segurança deixou ainda seis insurgentes mortos na cidade de Mossul, 400 quilômetros ao norte de Bagdá, segundo fontes policiais.

De acordo com o relato do general-de-brigada Said Ahmed al-Jabouri, porta-voz da Polícia de Mossul, os combates começaram quando o grupo armado tentou atacar uma delegacia da cidade, o que motivou a resposta policial.

Jabouri assegurou que dezenas de insurgentes armados participaram do ataque, no início da manhã.

Também em Mossul, dois policiais morreram e um ficou ferido por causa da explosão de um carro-bomba no sudeste da cidade.

A bomba explodiu enquanto uma patrulha policial de reforço passava, dirigindo-se à delegacia atacada pelos insurgentes.

Além disso, as ações violentas registradas hoje em Bagdá acabaram com a vida de pelo menos sete pessoas e deixaram 44 feridas, informaram porta-vozes da segurança.

Segundo eles, a explosão de um automóvel carregado de explosivos matou dois civis e feriu 15 na praça de Nosur, no bairro de Yarmouk, situado no oeste da capital.

A explosão do carro, às 10h (3h em Brasília), destruiu uma ponte na região. As fontes afirmaram que o atentado tinha como alvo uma patrulha das forças de elite do Ministério do Interior que passava pela área no momento da detonação.

Dezenas de carros ficaram danificados, e a explosão foi ouvida em diferentes pontos, à grande distância da praça.

Em outra tragédia, um civil morreu e quatro ficaram feridos devido à explosão de duas bombas na região sul de Bagdá, nos bairros de Al-Bayaa, de maioria xiita, e de Al-Daura, considerado um bastião dos grupos radicais sunitas.

Poucas horas depois, também em Al-Bayaa, na Avenida 13, um atentado com um carro-bomba tirou a vida de duas pessoas e deixou oito feridas.

O ataque causou o incêndio de uma casa e de uma loja, além de deixar em destroços outros estabelecimentos comerciais e casas próximas.

Em outro incidente, uma pessoa morreu e nove ficaram feridas com a explosão de bombas nas imediações da mesquita Al-Yamea, na área de Al-Chaab, no nordeste de Bagdá.

Pouco depois, no leste da capital, no setor de Al-Talbiya, um atentado a bomba matou um civil e feriu quatro.

A violência persiste no Iraque apesar dos rígidos planos de segurança impostos no dia 14 de fevereiro, em Bagdá, e, posteriormente, em Mossul e outras áreas do país.

 

 

Terra Redação