14 de setembro de 2004 - 09:15

Ataques contra polícia iraquiana deixam 60 mortos

Pelo menos 60 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas hoje no Iraque, em ataques contra a polícia. O principal ataque aconteceu em Bagdá, onde um carro-bomba foi jogado contra uma delegacia matando 47 pessoas. Em Baquba, outros 13 iraquianos foram mortos em um ataque de guerrilheiros.

A polícia do Iraque tem sido alvo constante dos terroristas, que consideram os policiais como "colaboradores" das forças americanas. Os militantes tentam frustrar os planes dos EUA de contar com uma polícia iraquiana forte antes das eleições de janeiro.

Bagdá
Pelo menos 47 pessoas morreram e 114 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em frente a uma delegacia de Polícia no centro de Bagdá. No momento da explosão, dezenas de pessoas faziam fila em frente ao prédio para se alistar nas novas forças de segurança do país.

A detonação deixou uma cratera de três metros de diâmetro e danos graves em lojas e prédios próximos. Além disto dez carros foram destruídos. Um funcionário do Ministério do Interior, que pediu para não ser identificado, disse que um terrorista suicida jogou um carro cheio de explosivos contra um café que fica ao lado da delegacia.

O ataque aconteceu na rua Haifa, cenário há dois dias de enfrentamentos entre as tropas dos EUA e insurgentes iraquianos, nos quais morreram treze pessoas, entre elas um jornalista da cadeia de televisão Al-Arabiya. A explosão aconteceu depois que o Exército dos EUA impôs ontem o toque de recolher na área onde fica essa rua, considerada fortificação de grupos insurgentes fiéis ao regime de Saddam Hussein.

Baquba
Doze policiais e um civil foram mortos hoje em um ataque armado de desconhecidos contra o veículo em que viajavam em Baquba, ao norte de Bagdá.

De acordo com as autoridades locais, os policiais estavam a bordo de um pequeno ônibus quando dois automóveis civis o interceptaram no bairro Tahrir, no centro da cidade. Vários homens saíram dos dois veículos e começaram a metralhar o ônibus.

Os policiais e o motorista civil tinham chegado da cidade curda de Qanaqin para conseguir informações sobre um curso de formação que tentavam fazer na Jordânia. O ataque ocorreu às 13h15 locais (6h15 Brasília).

 

Terra Redação