26 de abril de 2007 - 05:14

Cooperativas pedem redução de taxa de juros

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, participou hoje do primeiro encontro oficial com representantes do sistema cooperativista brasileiro. Durante o lançamento da publicação “Evolução do Cooperativismo no Brasil”, na sede da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), em Brasília, o ministro ouviu as principais reivindicações do setor, entre as quais a redução das taxas de juros, especialmente nas linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil e demais bancos oficiais.

A pauta foi entregue ao secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero. A OCB também pediu que Stephanes seja o porta-voz do setor no que se refere à busca de um tratamento tributário “adequado”, incluindo a mudança de alíquota do ICMS. “Colocamos nossa estrutura à disposição do ministro para encaminhamento destas questões junto aos órgãos competentes”, disse o vice-presidente da OCB, Luiz Roberto Baggio.

Durante a solenidade, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a OCB e a Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agro-Pecuárias de Angola (Unaca). O termo de cooperação técnica visa a formação de recursos humanos, o aprimoramento da gestão cooperativa em Angola e o fortalecimento do intercâmbio comercial. “Depois de 30 anos de sofrimento, estamos retomando o processo de paz em Angola e vamos levar aos nossos governantes o exemplo do cooperativismo brasileiro como instrumento de fortalecimento da economia”, disse o presidente da Unaca, Paulo Uime.

O presidente da OCB, Márcio Freitas, lembrou que a entidade representa 4.603 cooperativas que atuam em 13 atividades distintas, desde o ramo agropecuário até o eixo urbano. “São 7,4 milhões de membros diretamente ligados às cooperativas. Se relacionarmos às famílias dos cooperados, são 30 milhões de brasileiros ligados ao cooperativismo”, destacou. Freitas lembrou ainda que o setor gera 218 mil empregos diretos, acrescentado que o movimento quer estar cada vez mais próximo dos governos democráticos. “O Ministério da Agricultura tem sido nossa porta de entrada e nosso advogado na divulgação do nosso lema: eficiência econômica traz eficiência social”.

 

 

 

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