24 de abril de 2007 - 16:42

Dólar comercial fecha estável, a R$ 2,036

A taxa de câmbio encerrou os negócios do dia à cotação de R$ 2,036, para venda, praticamente sem variação (leve queda de 0,04%) sobre o valor de fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo subiu 0,94%, para R$ 2,140 (valor de venda).

No mercado futuro de juros, os contratos DI negociados na BM&F projetaram taxas mais altas na comparação com a jornada de ontem. O contrato DI de janeiro de 2008 apontou juro de 11,61% contra 11,58% na segunda-feira. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada subiu de 10,97% para 11,01%. O contrato de janeiro 2010 projetou taxa de 10,80% contra 10,78% no fechamento de ontem.

A taxa de risco-país retornou ao patamar dos 150 pontos, com alta de 0,67% sobre a pontuação final de ontem.

O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, mantendo seu habitual leilão de compra e aceitou ofertas à cotação de R$ 2,036 como "taxa de corte". Ao contrário de ontem, a autoridade monetária não realizou novo leilão de "swap cambial reverso", contrato cambial que tem o efeito de uma compra no mercado futuro de dólar.

Transações correntes - O Banco Central divulgou hoje informações que reforçaram a interpretação do mercado de que a autoridade monetária, ainda que atue mais agressivamente, não consegue reverter a tendência de queda da taxa cambial, por conta do fluxo positivo de recursos.

O BC revelou que a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil cresceu quase 70% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período em 2006. A expectativa para o ano é que essas entradas somem US$ 20 bilhões. Em 2006, elas somaram US$ 18,782 bilhões.

O saldo de transações correntes foi superavitário em US$ 817 milhões em março, influenciado principalmente pelo superávit comercial de US$ 3,324 bilhões e pelas transferências unilaterais, que somaram US$ 345 milhões.

Somente no mês de março, o BC comprou US$ 8,3 bilhões no mercado de câmbio, um valor somente inferior às compras realizadas em fevereiro (US$ 8,819 bilhões). No ano, as autuações totalizam US$ 21,912 bilhões.

Folha Online