"Essas conversas são muito boas e servem para aproximar os senadores e o governo", afirmou o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). O presidente Lula, segundo ele, não fez pedidos aos senadores. "Ele conversou sobre a situação do país", disse ACM.

Além de Magalhães, participaram do jantar os senadores do PFL Cesar Borges e Mário Tourinho (Bahia), Edson Lobão e Roseana Sarney (Maranhão), João Ribeiro (Tocantins) e do PSDB, Eduardo Siqueira Campos (Tocantins).

Antes da reunião, senadores do PFL que não participaram do jantar mostraram descontentamento com o convite feito por Lula. "Se tem a conotação política de tentar fragilizar o PFL, esse é o caminho errado", disse o senador Heráclito fortes (Piauí).

O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) criticou o colega de partido, ACM, pela participação no jantar. "O senador Antonio Carlos Magalhães teve uma recaída aos seus tempos da UDN, quando era chapa-branca. Parece que voltou a ser chapa-branca", disparou.

Durante o dia, o governo lançou à frente o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo (PCdoB), e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT), para tentar acalmar os ânimos na base aliada.

O governo tem garantidos apenas 39 dos 81 votos do Senado, e ainda precisa enfrentar uma disputa interna no PMDB, já que Renan Calheiros não aceita apoiar a reeleição de José Sarney para a presidência da Casa.

Terra