13 de setembro de 2004 - 14:38

Organização diz que seqüestrou dois australianos

Uma organização islâmica afirmou em um comunicado colado nos muros da cidade de Samarra, ao norte de Bagdá, que seqüestrou dois australianos e duas pessoas provenientes do leste da Ásia em um carro que circulava pela estrada que liga Bagdá a Mossul. "Uma de nossas valorosas brigadas executou um ataque contra veículos civis pertencentes ao exército americano na estrada entre Bagdá e Mossul", que fica 370 quilômetros ao norte da capital, afirma o grupo no comunicado.

No texto, com data de 13 de setembro e cuja autenticidade não foi comprovada, o grupo afirma que seu nome é "brigada do horror", vinculada ao "Exército Secreto Islâmico". A Brigada teria capturado como prisioneiros quatro pessoas: dois australianos e dois cidadãos da Ásia do Leste que trabalhavam como guarda-costas.

"Dizemos aos infiéis australianos que têm 24 horas para abandonar o Iraque ou caso contrário as duas pessoas serão assassinadas sem que seja dado um novo prazo, e que o Premier (australiano John Howard) anuncie esta retirada caso ele se preocupe com seus dois compatriotas", diz o comunicado. O Exército Secreto Islâmico reivindicou o seqüestro de três indianos, três quenianos e um egípcio, libertados no início deste mês após seis semanas de cativeiro.

John Howard, forte aliado do presidente americano George W. Bush, enfrentou a opinião pública de seu país ao enviar 2 mil soldados na invasão do Iraque em março de 2003, sendo que 850 ainda estão no território iraquiano. A presença da Austrália no Iraque desperta atualmente uma grande controvérsia, já que Howard está quase empatado nas pesquisas de intenção de voto com a oposição trabalhista, a poucas semanas das eleições legislativas de 9 de outubro.

 

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