16 de abril de 2007 - 15:52

Alunos de escolas públicas terão aula sobre povos indígenas

 

Os alunos do ensino fundamental e ensino médio das escolas públicas de Mato Grosso do Sul terão nesta semana em que se comemora o Dia do Índio (19 de abril), uma aula especial, dedicada a análise da situação dos povos indígenas no Estado e no País.

O objetivo da aula da cidadania, que será promovida pela Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems) em parceria com as direções das escolas estaduais e municipais é fazer com que os alunos reflitam sobre os direitos dos índios, a discriminação que esses povos sofrem, suas particularidades e seus costumes.

Segundo a Fetems, cada escola escolhe a melhor data para a realização da aula. Para subsidiar o trabalho dos professores foram encaminhados aos colégios 50 mil jornais que abordam todos esses temas. A expectativa com esse trabalho de conscientização é atingir mais de 450 mil alunos.

Em alguns colégios, como a Escola Estadual Rui Barbosa, em Campo Grande a aula da cidadania será ministrada já nesta terça-feira, enquanto que outros optaram por oferecer a aula no decorrer da semana e especialmente na quinta-feira, data em que se comemora o Dia do Índio.

A Federação entende que a escola deve ser palco de debates sobre os mais diversos temas sociais, como discriminação racial, violência contra mulher, gêneros, sem terra, e povos indígenas. A realidade das etnias, suas características e dificuldades devem fazer parte das discussões em sala de aula.

População indígena

Segundo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população indígena cresceu em média 10,8% na última década, isso significa que eles estão retomando seus territórios e conquistando representatividade.

Mato Grosso do Sul possui uma população indígena de mais de 60 mil pessoas, divididas em oito povos: Guarani, divididos nos sub-grupos Guarani – Kaiowá e Guarani – Ñandeva, os Terenas, Atikum, Kadiwéu, Ofaié, Guató, Kamba e Kinikinaw. Cada um possui uma forma de viver diferente, desde a religião, língua, mitos e até mesmo os traços no artesanato não são iguais.

 

 

Fetems