13 de abril de 2007 - 13:26

Polícia recolhe equipamento e documento em clínica de aborto

Uma equipe da Polícia Civil de Campo Grande recolheu documentos e equipamentos cirúrgicos na Clínica de Planejameto Familiar, em Campo Grande, em investigação à denúncia de prática de aborto, divulgada em reportagem da TV Morena. O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, da 2ª Vara Criminal e foi cumprindo esta manhã.

A delegada Regina Marta Rodrigues Mota, da 1ª Delegacia de Polícia da Capital, foi até a clínica por volta das 8 horas, com equipe policial. No local, documentos e equipamentos cirúrgicos foram recolhidos. Há indícios suficientes que comprovam a prática de aborto na clínica. Até ontem, apesar da entrevista prestada pela proprietária da clínica, Neide Mota Machado, não havia materialidade do crime.

Neide Mota Machado admite, em entrevista a TV Morena, que faz abortos há 20 anos e defende o trabalho da clínica, alegando que é uma forma de evitar que as mulheres se arrisquem em locais precários e com risco de morte. Sobre a irregularidade praticada, Neide diz que “não é questão de deixar na ilegalidade que vai mudar o fato; o que tem de se fazer é legislar a favor”.

A prática de aborto foi denunciada em reportagem desta semana da TV Morena. Com um câmara escondida, a produtora passou por uma entrevista com a psicóloga Simone Souza, que fala abertamente sobre o aborto e apresenta o valor de R$ 5 mil para que a mulher passe pelo “procedimento”.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul e o Conselho Regional de Psicologia – 14ª Região já abriram sindicância para averiguar a quebra de condua ética da anestesiologista Neide Mota Machado e da psicóloga Simone Souza, respectivamente. Se comprovada a irregularidade, as duas devem ser submetidas a processo e posterior julgamento. Se comprovada irregularidade, elas estão sujeitas a penas que vão desde advertência até cassação do registro.

 

 

TV Morena